White Horse /3/

Conversamos sobre assuntos banais, e logo os meninos chegaram. Nos despedimos de Margareth e eles entraram na piscina, fazendo a maior baderna, eu fiquei apenas observando, enquanto passava o protetor solar em mim. Minha pele é frágil, e muito clara. Todo cuidado é pouco. Mas logo me rendi,  e entrei na piscina também. O dia estava realmente bom pra nadar. Deu a hora do almoço, nos arrumamos e fomos a um restaurante próximo a onde eu morava, pedimos nossos almoços, e depois cada um seguiu seu rumo.
Peguei as fotos, me lembrei de quando eu fiz o Drew pagar por tudo e acabei adormecendo, acordando com o meu telefone tocando insistentemente. Quando atendi recebi a noticia que minha avó havia falecido.
Naquele momento, meu mundo saiu dos meus pés, flashes de todos os momentos que eu estive com ela vieram na minha cabeça. E o choro, naquele momento, foi meu acalento. 

Rapidamente, fui para o apartamento de Margareth, enquanto eu, em meio a soluços, do meu incessante choro, tentava explicá-la o que estava acontecendo, e ela apenas falava: Shhh minha querida. Vai passar. Chora. Liberta tudo que voce tá sentindo. E me abraçava o tempo inteiro. Quando eu me acalmei, ela foi na cozinha e preparou um chá para mim, enquanto eu ligava para agência de viagens e comprava uma passagem para o Canadá. 
(...) 
Agradeci Margareth por tudo, e fui para o aeroporto. Me sentei em uma daquelas poltronas tipicas de avião e comecei a me lembrar dos momentos com minha avó.

Vó: Oh Carol, você está uma princesa.
Carol: Eu to vovó?
Vó: Sim. Venha cá, deixa a vovó arrumar seu cabelo.
Ela penteava meu cabelo com todo o cuidado, passando a escova por ele como se fosse seda, depois, fez uma trança.
Vó: Tá pronta pro seu aniversário de 7 anos. Minha princesinha tá virando uma mocinha.
Carol: Mas vai continuar sendo sua princesinha vovó. - Disse a abraçando. Percebi seus olhos lacrimejando.
Vó: Vai lá e aproveita sua festa Carol.

Quando eu tinha 14 anos, descobriram um tumor nela, mas ele não estava tão perigoso, ou eles esconderam isso de mim.
Acabei pegando no sono me lembrando dos momentos com ela.
Acordei com a aeromoça me oferecendo o almoço, aceitei porque sabia que necessitava comer. Mas fome eu não tinha. Apenas provei um pouco da comida e voltei a dormir.Acordei quando já estávamos pousando no Canadá. Desci com os olhos fundos, e peguei a minha mala e fui para um ponto de táxi.
XXXX: Carol?
Olhei procurando reconhecer algum rosto, quando uma garota se aproximou.
XXXX: Carol, que saudades - ela disse me abraçando. Eu retribui o abraço mesmo não a reconhecendo. - Você se lembra de mim? Acho que não. Meu nome é Jennifer, mais conhecida como Jenny. Estudamos um tempo juntas antes de você se mudar para a Irlanda. 
Carol: Ah, eu me lembro de você - disse, relembrando de como ela tinha mudado, ela estava magra, com bastante curvas, tinha o cabelo loiro batendo próximo a cintura, e os olhos verdes. E quando ela era criança, era gordinha e tinha o cabelo um pouco mais escuro.
Jenny: Eu to indo proximo a sua casa, se quiser, posso te dar uma carona.
Carol: Eu não quero incomodar.
Jenny: Não, você não incomoda, vem. Aproveita e vamos por o papo em dia.
Fomos conversando sobre o que nos tinha acontecido nessa época. Por um momento consegui esquecer tudo que tinha acontecido.
Cheguei em casa, e estava lotado de gente, parentes, amigos, conhecidos. Vi umas pessoas que eu me lembrava delas, acenei para elas, e adentrei a casa, procurando por mamãe ou papai.
Encontrei mamãe na cozinha, ela estava tão deprimida. Abracei-a fortemente. E sussurrei em seu ouvido.
Carol: Eu te amo mamãe, eu to aqui. Tudo vai ficar bem. Fui onde estava o caixão, peguei a mão de vovó, tentando conter as lágrimas, beijei sua mão.
Carol: Vou sempre ser sua princesinha Vovó. Sempre. Como um dia você me disse, quando eu olhar para o céu, e ver uma estrela vai ser você. Sei que você tá aqui. Só quero que saiba, que eu te amo. E sempre, sempre, sempre vou ser sua princesinha. 
Algumas pessoas que estavam por perto, choravam, ou se emocionavam comigo e com mamãe, aos prantos.
No outro dia, seria o enterro. Eu não queria nem imaginar em enterrar minha vovó, aquela que desde que foi descoberto o tumor, virou a minha princesinha, porque eu tinha que cuidar dela, e eu fazia com todo o amor do mundo. O que seria de mim, visitando minha familia e não encontrar vovó preparando os cookies que só ela sabia fazer? 
Quando a maioria das pessoas foram embora, eu subi, arrumando as coisas no meu antigo quarto. Ele era branco, com uma parede rosa clara, onde tinha uma foto minha, ainda criança, e umas estantes cheias de livro e ursos. Parei de analisar o quarto, e fui ao banheiro, onde retirei minhas roupas sem pressa. Entrei no banheiro, deixando a água cair sobre minha costa, tentando levar com ela toda a angustia e tristeza. Mas foi em vão, sai, vesti uma roupa num tom neutro, e me desci, muitas pessoas me pararam dizendo que sentiam muito, e que se precisasse eu poderia contar com eles, apenas sorria, e fui novamente para perto do caixão, onde fiquei analisando a minha princesinha, que tinha partido desta, para uma melhor. Queria saber se ela estaria me vendo, se estaria feliz por eu ser quem eu era. Queria que ela me visse crescer profissionalmente e psicologicamente, mas não daria mais. E eu tinha que aceitar. Acabei cochilando no sofá e acordei com a minha mãe...

Oi meninaas lindas. Desculpem pela demora pra postar. Enfim, mais um capitulo ta ai.
CARA, VOCÊS SÃO UMAS FOFAS. Ai mds. 
Crazy in Love obrigada pelos selinhos :)
Já disse que vocês são umas fofas?  Gente por hoje é isso.
E Érica, tenho não. Desculpa :(